A Leishmaniose Visceral Canina é transmitida através da picada de mosquitos flebotomídeos, principalmente do gênero Lutzomyia, entre os quais se destaca a espécie Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente por mosquito-palha. A LVC não é contagiosa e a transmissão do parasita ocorre apenas por meio da picada do mosquito fêmea infectada. Alguns cães com leishmaniose podem permanecer sem sintomas durante algum tempo, o que pode variar de acordo com o seu sistema imunológico, porém quando passam a apresentar sintomas, esses são: Aumento de volume dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento e atrofia muscular, hemorragias nasais, anemia e alterações nos rins, fígado e articulações. Um cão infectado pode desenvolver infecção sintomática, e evoluir clinicamente até à morte, enquanto outro pode continuar assintomático, ou apenas desenvolver um ou mais sintomas leves.

Para diagnosticar a LVC, podem ser efetuados testes sorológicos, que têm a vantagem de serem mais rápidos e baratos, porém, existe a possibilidade de resultarem em falso-positivos ou falso-negativos. Neste caso, recomenda a solicitação de uma nova amostra em 30 dias para a confirmação. O diagnóstico parasitológico é considerado por muitos médicos veterinários um exame importante, pois se observam as formas amastigotas da Leishmania em esfregaços de linfonodos, medula óssea, aspirado esplênico, biópsia hepática e esfregaços sanguíneos corados com corantes de rotina.

O Milteforan é o único produto aprovado para uso veterinário no Brasil, tem como princípio ativo a Miltefosina e é aplicado por via oral, para tratamento da LVC. A forma mais eficaz de combater e prevenir a doença, seria o controle do mosquito palha, responsável pela transmissão. Outra forma de prevenir os cães da LVC é por meio da vacinação, que deve ser precedida de exame sorológico para determinar se o cão tem a doença por teste rápido imunocromatográfico.

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